“Criança a alma do
negócio”, o nome deste documentário já diz tudo. Diz que a criança é a alma de
uma grande marca, de uma audiência de programa, de um mundo de consumo
completamente compulsivo. A criança como o alicerce de uma sociedade
capitalista e “selvagem” que vem fazendo com que a cultura infantil seja de
certa maneira bestificada, sendo o entendimento de cultura infantil a produção
de sujeitos compradores, consumistas.
É incrível ao mesmo
tempo chocante ver que as crianças estão sendo constituídos, em seus modos de
ser, em suas identidades, o ter é mais importante do que ser, o parecer é mais
significativo do que o ser. O publico infantil vem sendo bombardeado com produções
midiáticas que as levam querer sempre, propagandas em meio aos desenhos
animados fascinam a criança a querer um brinquedo novo, e o desejo de querer
faz com que os pais comprem, para poder ver seus filhos felizes ou até mesmo
pelo discurso de ver seus filhos quietos dentro de casa brincando. Pode isso
até dar certo, mas o que vemos hoje é somente o consumismo a vontade de ter
aquele brinquedo, no momento que a mídia mostra outro mais atrativo logo seu
desejo pelo antigo acaba. E é assim sempre. E o consumismo sempre presente né!
Precisamos nós futuros
educadores intervir ou de alguma maneira tentar diminuir essas “pedagogias
culturais” (Shirley Steinberg) que seduzem seu publico alvo, no caso as crianças. Podemos na
escola propor trabalhos como analisar artefatos midiáticos, tais como: jornais,
revistas, vídeos, filmes, propagandas, entre outros; e pedir para que as
crianças identifiquem falas ou propagandas que acham mais interessantes e assim
propor uma discussão sobre esses “modos de endereçamentos” (Fischer), o que
pensam? Se acham significativo ou não para sua vida? Dessa maneira podemos problematizar
junto às crianças esses tipos de significações existentes no contexto deles.
Fazer a criança pensar, problematizar e criticar tais assuntos e ajudar a mesma
a re-siguinificar sua identidade, seu
modo de ser e não o de parecer ser.
Abaixo elencamos um artigo que fala sobre mídias, infância e
consumo: